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Parceiros da RTS discutem propostas para tecnologias alternativas de tratamento de água no Marajó

Nesta sexta-feira, 17, representantes de instituições de governo, do setor produtivo, de instituições de ciência e tecnologia e da sociedade civil organizada que integram a Rede Paraense de Tecnologias Sociais (RTS) se reuniram para apresentar e discutir tecnologias alternativas de tratamento de água na Ilha do Marajó. O encontro marcou a primeira reunião do grupo de trabalho no eixo “Água e Saneamento” do Plano de Ação da RTS, que foi criada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) para compartilhar e fomentar ações que contribuam com o desenvolvimento, reaplicação e difusão de Tecnologias Sociais em escala no estado do Pará.

 

De acordo com a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), Meive Piacesi, a Ilha do Marajó entrou em pauta no âmbito da RTS devido ao apelo da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM) e devido à extrema pobreza que a região apresenta. “A Seas, por meio de seus estudos, identificou que 37,7% da população do Marajó vivencia uma situação da extrema pobreza, o que representa um percentual elevado e preocupante. Então, Marajó se tornou uma região prioritária para a Seas, que promoverá algumas ações para tentar reduzir esse indicador, e a água é um dos eixos fundamentais”, explicou a secretária adjunta. 
 
Na ocasião, uma das tecnologias apresentadas foi a “SAC/SALTA-z”, idealizada pela Superintendência Estadual da Fundação Nacional de Saúde (SUEST/PA). A tecnologia consiste em coletar a água do rio e tratá-la de maneira que esteja apta para consumo, utilizando filtros e dosadores para a remoção de turbidez, ferro, manganês, dosagens coagulantes e cloro. 
 
A tecnologia da SUEST/PA será utilizada pela Seas nas ações que pretende realizar na Ilha do Marajó neste ano. “Para o Marajó, devido às diversas realidades existentes na região, estamos identificando outras experiências, de uso familiar, que possam ser aplicadas lá, além deste idealizado pela SUEST/PA, que foca mais o uso coletivo da água. Nesse sentido, o papel da RTS é muito importante devido o seu papel de articular ações entre instituições e a sociedade”, afirmou a secretária adjunta da Seas, Meive Piacesi.
 
O titular da Diretoria de Tecnologias Sociais da Secti (DTS), Evandro Ladislau, finalizou a reunião explicando que “a intenção agora não reunir para escolher o modelo a ser aplicado no Pará, e sim discutir e analisar técnicas, modelos e experiências existentes para entender como elas podem responder às necessidades de cada realidade presente nas diversas regiões paraenses”. 
 
Uma nova reunião entre os integrantes da RTS será realizada às 9h da próxima segunda-feira, 20, na sede da Seas, para alinhar o processo de licitação da compra dos modelos de tratamento de água que serão aplicados na Ilha do Marajó pela Seas.  
 
Texto: Igor de Souza