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SECTI, Apex e PCT Guamá estudam potencialidades econômicas do Pará

As possibilidades do Pará avançar no desenvolvimento dos segmentos de biotecnologia (com foco em cosméticos, fármacos e produção de alimentos), tecnologia ambiental e tecnologia da informação e comunicação foram discutidas em reunião que envolveu representantes do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), da Diretoria de Apoio ao Comércio Exterior e Atração de Investimentos (DCOMEX), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), do Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) e do Banco Mundial, na tarde da última sexta-feira (25), no Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon).

 

O encontro fez parte da construção de um estudo, encomendado pela SECTI e Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) ao Banco Mundial. Paralelamente, estas instituições realizam a Capacitação para a Atração de Investimentos Produtivos, visando tornar o Pará um polo para investimentos que agreguem valor ao estado. Com suporte deste levantamento e da capacitação, será realizada a captação de grandes empreendimentos do Brasil e exterior para investir em potencialidades econômicas do estado.

 

Os segmentos mencionados, que estão entre os focos do PCT Guamá, foram eleitos para serem incluídos no estudo, que também deve conter indicações de empresas inovadoras, que serão convidadas a conhecer os parques tecnológicos do estado, potenciais projetos,os trabalhos de pesquisa desenvolvidos e os recursos humanos, naturais e tecnológicos da região. “Estamos na fase de diagnóstico. Num segundo momento, a estratégia é atrair empresas interessadas em investir na geração de tecnologias voltadas para estes setores. Com infraestrutura pronta e disponível, será mais fácil para o PCT Guamá captar esses empreendimentos”, comentou o consultor Flavio Feferman, do Banco Mundial.

 

Potenciais - O diretor-presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém, colocou-se à disposição para contribuir com a construção do estudo nas áreas listadas, mencionando entre os empreendimentos com potencial de investimento a Biofábrica de Mudas, projeto que está sendo desenvolvido em parceria com a SECTI e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Amazônia Oriental; e os laboratórios nas áreas de biotecnologia e TIC, em fase de implantação no PCT Guamá. “A criação de uma biofábrica de mudas é estratégica porque potencializaria os setores de fármacos, cosméticos, alimentos e frutas, que são vocações do estado. Já a presença dos laboratórios no PCT Guamá é direcionada para apoiar a transferência de tecnologia e a aplicação no mercado. Portanto, temos interesse em atrair empresas que demandem os serviços destes laboratórios”, argumentou Abelém.

 

O pesquisador Hervé Rogez, coordenador do CVACBA, acrescentou que o PCT Guamá já começa a envolver os representantes dos laboratórios em treinamentos para garantir a certificação junto à entidade referência, credenciando estes ambientes de pesquisa e desenvolvimento. “É fundamental que estes laboratórios sejam credenciados, tornando-os um diferencial para a região norte”, assinalou.

 

O secretário adjunto da SECTI, Alberto Arruda, mencionou que a área de biotecnologia é prioritária no planejamento da secretaria, construindo um novo modelo econômico para o estado. “Vamos trabalhar os setores de alimentos, cosméticos, fármacos e fitoterápicos, primeiro em municípios próximos de Belém, baseado no modelo simples e eficaz do programa ‘Cultivando Água Boa’, de Itaipu (PR). Depois, vamos implantá-lo na região do Baixo Amazonas”, relatou.

 

Fátima Gonçalves, diretora da Dcomex, ressaltou que o interesse do governo estadual é captar empresas que agreguem valor aos ativos do Pará. “Queremos investimentos em um modelo diferente de desenvolvimento para a região, baseado na inovação”, reforça.

 

Fomento – O PCT Guamá é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Secretaria de Estado, Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Tem gestão da Fundação Guamá, que visa o fomento e a execução de pesquisas, desenvolvimento científico, transferência de tecnologia e o estímulo à sinergia entre empresas que inovam.

 

Texto e foto: Solange Campos - Ascom PCT Guamá