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Governo discute, em Santarém, implantação de laboratório farmacêutico

O que existe de mais avançado no segmento de produção farmacêutica no Brasil, com serviços tecnológicos como produção automatizada e segurança na produção de medicamentos pode se tornar realidade no Pará. Na  quarta-feira (7), o governador Simão Jatene sinalizou positivamente para a instalação de uma planta farmacêutica do laboratório Cristália – empresa farmacêutica com maior número de patentes no Brasil – dentro do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, que em breve será implantado no campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

 

“Esse foi apenas o primeiro contato com o governo para que possamos avaliar quais as reais necessidades de produzir um melhor acesso a medicamentos na região e estudar a forma de montar uma área de produção dentro do parque tecnológico da Ufopa para favorecer o mecanismo de acesso da população às terapêuticas de que elas necessitam”, explicou o diretor de Relações Institucionais do laboratório Cristália, Odilon Costa.

 

A reunião teve ainda a participação do reitor da Ufopa, José Seixas Lourenço, de secretários de Estado, representantes do Amabrasil – Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental e do Instituto Butantan. Para que a parceria entre o laboratório e o governo seja firmada, o governador Simão Jatene solicitou orçamentos, prazos e detalhes do projeto, que devem ser apresentados pelos representantes da Cristália até o dia 20 deste mês.

 

No caso de o projeto ser aprovado, a produção dos medicamentos dentro do parque tecnológico pode começar em um ano. “O Cristália tem interesse em investir sua capacidade industrial em pesquisas e no desenvolvimento da ciência e tecnologia para a produção de novas patentes relacionadas ao seu ramo de atuação, visando adquirir um acervo tecnológico proveniente do conhecimento que é gerado na Ufopa”, enfatizou Odilon Costa.

 

Para o governador, a parceria com o laboratório dará a chance de o Pará se tornar contemporâneo numa revolução planetária. “Temos que ter coragem para ousar, ouvir e valorizar o que nos aproxima”, concluiu.

 

Durante a reunião foi discutida a produção, no Pará, de um soro antiofídico específico para as cobras e arraias da região, numa parceria entre o laboratório Cristália e o Instituto Butantan no município de Belterra, oeste do Estado. “Muitas vezes a alimentação, temperatura e ambiente em que a cobra vive estabelecem uma estrutura diferenciada na composição do veneno. Por isso é preciso produzir um soro especifico para cada tipo de cobra de determinada região. Hoje, discutimos a possibilidade de quem sabe ter um soro produzido no Pará que avalie não só o veneno da cobra como também a picada da arraia, que é uma coisa dramática na região”, disse o diretor do laboratório.

 

Texto: Bruna Campos - Secom