30 milhões de reais para criar uma infra-estrutura de telecomunicações capaz de atender as instituições públicas de ensino e pesquisa sediadas no Estado. O anuncio foi feito nesta quinta-feira (4), durante o seminário "Rede pública de comunicação da Amazônia: proposta de integração em ciência, tecnologia e inovação", no Hangar. O evento marcou um ano da criação da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Pará (Fapespa).

Ao abrir o evento, o Presidente da Fundação, Ubiratan Holanda, falou sobre as ações da Fapespa desde sua criação e salientou as ações executadas pelo órgão para se tornar fundamental para o fomento à pesquisa - uma antiga reivindicação dos principais pesquisadores da região. Para Holanda, criar a rede de alta confiabilidade de comunicação na Amazônia possibilita compartilhar dados e informações com maior rapidez e de forma integrada, fazendo com que estas informações cheguem às mais distantes localidades da região amazônica. "Aliar ciência, tecnologia e inovação ao desenvolvimento humano, agregando valores sociais a todos os projetos que promovam o desenvolvimento do Estado, explorando recursos e colocando-os a serviço das comunidades. Essa é a meta da Fapespa", reafirmou. Durante o evento, Holanda lançou oficialmente o Relatório com informações sobre projetos, programas de bolsas da Fapespa entre 2007/2008.

O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, falou sobre o esforço do Estado em induzir um novo modelo de desenvolvimento do Pará, a rede de comunicação pública e parte dessa estratégia se concretiza na possibilidade de ligar diversas instituições, através de um sistema público de transmissão de dados. "Até o final deste ano, vamos beneficiar mais de um milhão de usuários em todo o estado. Essa integração será extremamente produtiva para a Fapespa, ajudando a desenvolver pesquisas e interligando instituições. Investimento para isso, nós já estamos fazendo: até o final de 2007, a fundação fornecerá mais de mil bolsas de pesquisa", disse Maurílio.

O conceito de inovação aberta foi a pauta do Seminário na conferência proferida pelo consultor Bruno Rondani, convidado especial do evento. O conceito propõe que as empresas não se limitem a utilizar apenas seus recursos internos como fontes de inovação, mas se aproveitem também de suas relações com agentes externos, através da criação de redes de cooperação com esses parceiros. "As empresas crescem com a inovação, e este é o novo modelo". Rondani reafirmou, ainda, a atenção que pequenas e grandes empresas estão dando à inovação, e exemplificou que os setores que mais cresceram no Brasil nos últimos anos foram agricultura, biodiesel, genética e a aviação porque investiram na área de inovação.

Texto: Trisha Guimarães - Sedect

Fotos: Evandro Pantoja