Busca

Notícias

conteúdo principal

Menssagem de erro

The page style have not been saved, because your browser do not accept cookies.

Desconhecimento impede laços comerciais entre Pará e China, diz especialista

Milton Pomar, especialista em mercado chinês, em palestra para empresários no dia 13/08/2008Estreitar laços comerciais entre o Pará e a China, possibilitando um maior conhecimento sobre a cultura, economia e política de mercado chinesa, foi a tônica da palestra proferida pelo diretor de negócios da BWP Projetos, Consultorias e Participações, Milton Pomar, semana passada (13), no Centro Integrado de Governo (CIG).

O encontro, promovido pelo governo, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), contou com a participação de empresários, secretários, dirigentes sindicais, além da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa).

Milton, que possui larga experiência sobre mercado chinês, traçou um perfil sobre a atual situação do gigante asiático, que também passa por problemas estruturais como, por exemplo, a falta de água, e o consumo exagerado de produtos, comprometendo a qualidade do ar do país, “mas ainda sim, um grande aliado para consolidação da economia de vários países”, apontou o especialista.

Pomar: setor frigorífigo e cosméticos são apostas para crescimento da exportação paraenseSegundo ele, nos últimos 30 anos, a política de abertura da China, que aboliu os impostos agrícolas, após 2.600 anos, permitiu um maior investimento estrangeiro incentivando uma economia de mercado e do setor privado (apesar do regime socialista).

“Costumo dizer que a economia de mercado da China, é socialista pra dentro e capitalista pra fora”.

A China possui atualmente a segunda maior malha viária do mundo, e todas as capitais do país são interligadas por trilhos, possibilitando uma maior agilidade no transporte de pessoas e no escoamento de produtos aos principais portos chineses, aspecto importante para a competitividade, porque reduz custos, analisa Pomar.

“Um dos maiores fatores que impedem os investimentos do Pará com a China é a língua, ou seja, há poucas pessoas interessadas em aprender o mandarim (língua oficial do País). O número de brasileiros que se interessam pela língua, ainda é inferior, considerando o mesmo interesse que tem os europeus”, afirma.

Desta forma, o especialista tentou mostrar aos empresários e representantes dos setores produtivos do Estado, as oportunidades de negócios e os benefícios em se investir no mercado chinês e alertou para o pouco interesse da classe empresarial, como um dos principais entraves para o sucesso nos negócios com a China.

Público recebeu informações sobre os benefícios de se investimentir no mercado chinêsAtualmente, qualquer empresa pode participar com stands nas Feiras de Negócios na capital chinesa para atração de investimentos estrangeiros e venda de produtos-- coisa raríssima, anos atrás--. “O setor de carnes é um segmento promissor, assim como, a área de cosméticos. O que falta, são os empresários daqui irem à China dialogar, e não esperar que os chineses venham até aqui”, aconselha.

Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) revelam que cerca de 200 milhões de pessoas saíram da miséria na China desde a década de 1990. E, em cinco anos, o país cresce acelerados 10% ao ano. No Pará, segundo a Diretoria de Apoio ao Comércio Exterior da Sedect (DCOMEX), a pauta de exportação ao mercado chinês representa 10,83% e os principais produtos exportados são minérios, madeiras, couros bovinos e pescado.

A Diretora da DCOMEX, Fátima Gonçalves, revelou que alguns projetos estão sendo pensados para tentar dinamizar e incentivar os laços comerciais entre o Pará e a China como uma parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPa) para consolidação de uma casa de estudos da língua chinesa, assim como estreitar laços na área cultural, de ciência e tecnologia (biomedicina) --Inclusive na área de cosméticos e de software (sistemas embarcados) --de grande interesse para o desenvolvimento do Estado, já que está sendo construído, em Belém, pelo governo, em parceria com empresas privadas e universidades, um parque de ciência e tecnologia (PCT Guamá), além de outros dois (Santarém e Marabá), que vão abrigar instituições de pesquisas para estudos nesta área.

Texto: Ascom - Sedect

Fotos: Evandro Pantoja